quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Homo homini lupus‏

Como se dizia na época da ditadura militar, que fanatismo religioso era e ainda continua sendo o ópio do povo, podemos considerar as novelas, a música de apologia ao crime seja de que lado for, e o futebol como entorpecentes tão poderosos. Enquanto o Brasil continuar com a mesma novela sem conteúdo, e cantada em versos de amor à miséria, a corrupção, falcatruas e favorecimentos ilícitos, nada de bom acontecerá. Costumo dizer que, política ruim, maus exemplos, coisas sem nexos e desigualdade social, geram lucros exorbitantes para intelectuais e poderosos da grande mídia neste país. Enquanto a política brasileira continuar sendo analisada dentro das quatro linhas do futebol, o povo continuará perdendo o jogo até na prorrogação. Na disputa de pênaltis, penalizados somos nós sem uniformes e descamisados, que na partida sórdida recheada de lorotas, tomam-nos como a bola, chutada para fora do gol em direção ao abismo e com direito a cartão vermelho. Em qualquer discussão política atual, onde pouquíssimos interessados tentam resolver os graves problemas sociais, entra em campo o maldito exemplo do futebol, que na atual conjuntura somente o torcedor não sabe quem vai ser campeão. Diferente de um filme, em que seu final jamais fora revelado, tudo muito fantástico.

Reinventações‏

Antes de inventarem o carro, já existia a roda, de inventarem caminhos, já existiam pernas, de inventarem estradas, já existiam pessoas, de inventarem relógios, já existia tempo, de inventarem palavras, já existiam gestos, de inventarem projetos, o mundo já estava construído. Antes de inventarem balas, já existiam doces, de inventarem revólveres, já existiam muitas vidas, de inventarem mortes, já existia alegria, de inventarem dinheiro, já existia amor, de inventarem as guerras, tudo era muito natural. Hoje temos carros que matam, rodas que se desprendem, caminhos tortuosos, pernas com muletas, estradas perigosas, pessoas que se devoram, relógios incertos, tempos difíceis, palavras ofensivas, gestos obscenos, projetos engavetados, construções sem alicerces, balas perdidas, doces amargos, revólveres trêmulos, vidas roubadas, mortes gratuitas, alegria tristonha, dinheiro amaldiçoado, amores ao ódio, guerras pela sobrevivência, um mundo todo anormal. Antes de inventarem o universo, já existia sentimento bom, antes de inventarem gente, já existia Deus. Hoje temos um universo destruído, sentimentos mórbidos, Deus que só é lembrado nas enfermidades e amarguras, muita gente sem coração e egoísmo humano.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Muito aumento para quem ganha pouco‏

Na zero hora do dia da independência/2011, a população de Guarujá e Vicente de Carvalho, sobretudo os sem escolas, sem saúde pública de qualidade, sem moradia própria, sem saneamento básico, sem emprego, sem segurança e todos nós, que jamais entenderemos tantas mentiras, ganhamos mais um aumento nos preços das tarifas. Por mais que os empresários do ramo de transporte falem sobre os custos com seus funcionários, com peças, acessórios, que apresentem planilhas e outros, nada justifica os abusivos aumentos, esses repasses em forma de percentuais favoráveis as empresas, contra quem trabalha e não tem aumento de salário. Em tempo recorde, saímos de 2,10, fomos para 2,40, para 2,60 e por aí vai, tudo concedido pela atual prefeita Antonieta, ex-PT e atualmente no PMDB. Seria interessante, se em datas comemorativas o povo pudesse ao invés de presentear, ganhar escolas, casas próprias, creches, hospitais públicos, praças arborizadas para lazeres, uma viatura policial em cada esquina de cada bairro, um projeto de segurança mais preventivo, ruas pavimentadas, sem buracos, transporte público na porta de casa, sem demoras e tudo que justificasse os altíssimos impostos que pagamos. Não é possível que uns poucos afortunados, possam enganar durante tanto tempo uma nação inteira, com a reles justificativa de que estão perdendo dinheiro e tiram-nos o pouco que recebemos quando trabalhamos que nem burro de carga. Não pensem que abusivos repasses de preços só acontecem em Guarujá, isso é cultura em todos os municípios, sob os olhares dos poderes constituídos, que parecem nos cortar a língua, sugam-nos o cérebro e esgotam a nossa paciência. E continuaremos por mais quinhentos anos, sendo enganados por poucos, que muito ganham... Esperem até o carnaval chegar. E quando passar, nos proporcionará mais aumentos abusivos. Ou antes?