terça-feira, 30 de agosto de 2011

Aos mandatários público‏


Senhor mandatário público, veja estas rimas, que aqui conto em verdades, sou orgulhoso servidor público, que só trabalha com vontade, mas meu salário é marcha lenta, não tenho outra atividade. Sai um ano, entra outro, meu mero ganho aumenta pouco, tenho casa mulher e filho, minha vida muda pouco, não consigo pagar as contas, que nem centavo fica de troco. Faço extra pelo fiado, ou pago sempre quando puder, eu não quero caviar, mas não sou nenhum qualquer, já sonhei com dias melhores, sobrevivo enquanto Deus quer.
Senhor mandatário público, seja sensível e cauteloso, ninguém trabalha com fome, por mais que seja corajoso, só quero o que é meu de direito, não quero ser nenhum famoso. Tem dias que fico pensando: Meus filhos irão pra faculdade, também poderão ser doutores, pra crescerem com igualdade, mas se o destino mudar o rumo, não venderei minha dignidade. Orgulho-me de ser servidor, meu histórico pode provar, sou brasileiro com muita honra, se preciso me ponho a lutar, quero um dia contar história, por isso só quero trabalhar.
Senhor mandatário público, seu poder é passageiro, seu gordo salário vem de meu sangue, e de outro brasileiro, pra você ter carro importado e ter conta no estrangeiro. Eu não quero ser só mais um, me aposentar e ficar na praça, ir pra fila da farmácia, você sorri da minha desgraça, viaja pra tudo o que é lado, faz do povo uma carcaça. Minha previdência não é privada, meus amigos não são corriola, é tudo gente trabalhadora, que não vivem na sua cola, só queremos o que é nosso, não aceitamos jamais sua esmola.

domingo, 28 de agosto de 2011

Cenas lastimáveis entre iguais‏


Vergonhosas cenas de balelas e lorotas, protagonizadas por senadores da nossa pisoteada república, são motivos para que nós eleitores pensemos bem antes de votarmos. Atitudes grotescas, já tão costumeiramente vistas no congresso nacional, em todas as assembléias legislativas estaduais e municipais já se alastram até por países ricos. Estamos exportando modelos de fanfarras e fanfarrões da política. Quem está no poder mor hoje, se vê diante de tantos escândalos, deve responsabilizar os que já passaram e nada fizeram, ou responsabilizar a si próprio pelos amigos que tem. Muitos membros do PSDB não podem querer ser diferentes de tantos membros do PT no quesito escândalo, que a rigor de suas práticas políticas, são todos iguais. Ao invés das chacotas entre eles, nossos senadores deveriam estar defendendo a população em seus Estados e municípios, que banca salários de quase 100 mil reais/mês, além das mordomias. As eleições municipais se aproximam e temos de resgatar a moralidade política, ou seja, qualificar melhor quem vai nos representar. Vale lembrar que muitos Senadores já foram Vereadores, Prefeitos, Deputados, e alguns até cabos eleitorais de luxo. Quando políticos mandatários de cargos públicos brigam entre si, não é para defender o arroz do pobre, mas sim o filé mignon de cada um. Só para refrescar a memória de todos, lembremos que tanto a educação, assim como a saúde pública continuam com os mesmos problemas, ou com a mesma falta de qualidade. Ainda temos a insegurança pública, a miserabilidade, a falta de moradia digna, a mortalidade e prostituição infantil, a destruição das nossas faunas e floras, que só aumentam dia após dia, fazendo com que a impunidade sobreviva, e a desconfiança, a insatisfação e impaciência do povo também cresçam mais ainda.

Não há mais diferenças‏


Dizem que a propaganda é a alma do negócio, mas com os partidos políticos nesta atual conjuntura brasileira, a coisa é bem diferente. Entre esquerda e direita podemos identificar que todos têm performances de qualidade ruim. Dá para identificar que ambos vendem engodos, sobretudo quando estão no poder. Não diferente das entidades classistas, desconhecemos um partido político que não tenha em seus estatutos, dizeres sobre representatividade popular, o que na prática, só serve para discussões internas entre seus partidários. Neste moderno século, os partidos de direita fazem discursos de esquerda, e agora estão se introduzindo nos meios sociais mais miseráveis, dos quais eles sempre detonaram e são criadores. Os partidos de esquerda, que em seus históricos são ou foram criados com discursos contra os reacionários de direita, aproveitando-se da brecha onde muita gente ainda sobrevive à margem da pobreza, agora saboreiam caviar e oferecem arrogância ao povo e a seus seguidores mais ideológicos. Não devemos esquecer os partidos que se intitulam entre um sistema e outro, os chamados de centrões, criados para enganar a plebe e a burguesia.   A RPB - República Partidarista do Brasil loteia municípios e plantam ervas daninhas, para serem colhidas em toda a sua geografia. Não há interesse quanto aos problemas sociais, mas sim acordismos com interesses financeiros de grupelhos. O que deveria ser exemplo de idealismo virou rotineiramente mesmice. Parafraseando Leon Tolstói, devo dizer que cada idéia, cada grupo de idealistas são pequenos universos, onde deva existir respeito, compreensão, sensibilidade, caráter, bondade, simplicidade, transparência e verdade, para que a grandeza exista de fato. Nenhum partido político, nenhum ser humano eleito pelo voto popular precisa ser apaixonado pelo povo, basta cumprir o que manda a lei, seguir o que se escreve. Isso talvez deva ser meio caminho andado, para diminuirmos as mentiras que ouvimos e as que avassalam os menos esclarecidos politicamente.

domingo, 21 de agosto de 2011

SEM VÍRGULAS‏

Criada para ser usada como um sinal de pontuação a vírgula tem como função indicar uma pausa e separar membros constituintes de uma frase. A vírgula em muitos casos pode ser considerada uma disciplina rude pois essa é responsável por interromper o entusiasmo de uma grande inspiração poética. Quem sabe também a vírgula deva ser responsabilizada por tantas brechas nas leis brasileira onde muitos mal intencionados se favorecem pelo título de doutores ou de afortunados mega empresários. Quem sabe a vírgula seja um tormento para quem não consegue interpretar coisas tão simples. Mas esta mesma vírgula pode nos ensinar que a humanidade com ou sem tese de doutorado com ou sem incalculáveis fortunas somos todos iguais. Se alguém nasce com habilidades excepcionais deve ser considerada de alto gabarito e com ou sem vírgula d evem receber todas as honrarias. Muito mais do que um simples título de doutorado. E vejam que nem usei vírgula neste artigo. Considerando que os pontos são brechas deixadas por mim para um outra oportunidade.