domingo, 27 de fevereiro de 2011

As nódoas do poder

Sabe de uns casos, em que a pessoa com quem você deseja tanto falar, está sempre em reunião, ou ocupada? Alguém, vítima dessa irracionalidade humana, certamente já deve ter passado por isso centenas de vezes. Tem gente que ainda usa o script mais chinfrim quando perde a razão: Você sabe com quem está falando? Como se fosse tão importante. Pois é, muitas pessoas sem caráter algum, ainda usam meios como estes para fugirem dos compromissos, ou das responsabilidades. Nos órgãos públicos, os que pagamos os salários, o que mais se usa são as frases: “Diga que não estou”. “Diga que estou ocupado (a) com o chefe”. “Pede pra passar amanhã”. “Diga que telefono depois”. E por aí vai. Tem gente que adoece até a própria sogra, a esposa, a mãe, só para fugir dos compromissos. A maioria dos casos em que a arrogância impera, é devido ao tal poder. O poder, por mais simples que seja, cria nódoa no cérebro de muita gente. Existem diversas definições sobre poder, como por exemplo, a habilidade de impor a autoridade pessoal sobre os outros de maneira arrogante. O inseguro de poder, não consegue mais distinguir entre vida própria e o que é sensibilidade. Não distingui mais entre democracia e visão política. Na maioria dos casos, o detentor passa a viver de forma linfática, comete pecados pelo excesso de centralização. O medo de alguém mais inteligente assusta os poderosos arrogantes. A carga de poder corrói o cérebro, passa a destruir as boas lembranças, joga para escanteio tudo aquilo que foi proposto. O poder também pode ser definido como a cegueira total, onde os olhos continuam firmes, mas a mente apavora a simplicidade. Em muitos casos, seres detentores de poder, por educação, até fingem remeter-se no tempo pra lembrar-se do que é ser de fato um súdito, mas a imodéstia da função, já enraizada no sangue, exerce uma força máxima contrária. "O poder é efêmero". Esta frase um tanto piegas, ainda pode ser usada contra o contraditório, o indignismo, imerecismo e outros equívocos. É claro que nunca devemos ter medo de alcançar o poder, de estar no poder. Nunca devemos ter medo de perdê-lo, isso é natural entre os seres vivos. O poder humano na terra só não pode ser maior que o poder divino. Deus está presente em tudo, vai da tempestade à bonança, no tempo de vida que o mesmo nos oferece. Enfim, o poder humano é somente um micro passageiro da grande nave mundo, dirigido por Deus.

O povo clama

No futuro bem próximo, o povo estará; guiado pela insatisfação de ser enganado por administradores públicos inescrupulosos, teleguiado pelos exemplos da atual revolução popular nos países árabes, contaminado pelo desprazer de ser somente mero eleitor, e decidido, mudará a regra do jogo na vida da maioria dos políticos e da política. É de suma importância, mesmo que os pesquisadores e mídia burguesa tentem confundir a cabeça do eleitor com produto de péssima qualidade, observarmos melhor as administrações públicas, ou candidatos, para que não cometamos injustiça contra nós mesmos. É de suma importância também, observarmos melhor a origem de forças políticas sem compromisso com a grande massa, que se fortalecem feito praga; quais os interesses de seus reais patrocinadores e grupos. Não podemos confundir administrações corruptas e inchaço da máquina pública com seriedade, transparência e honestidade. Outro fato muito observado é quanto à falta de vontade política de quem administra a máquina pública. Muitos administradores, mesmo os considerados honestos, não só beiram o cinismo, convivem com esta máxima quando inventam desculpas diante de suas irresponsabilidades e descaso. O povo já não agüenta mais tanto jogo de empurra, de ouvir tanta mentira, quando se vê diante de velhos problemas graves em sua comunidade. Com 04 anos de mandato, a maioria dos mandatários não desenvolve os projetos apresentados durante a campanha eleitoral, muito menos cumpre com as promessas propagadas. O poder legislativo, em grande maioria, brinca de ser representante do povo. Além de mantermos no poder, pessoas que muitas vezes não merecem a nossa confiança, os custos das eleições são elevadíssimos e por incrível que pareça, somos nós que pagamos a conta. Não existe a política do mais ou menos, não podemos dar crédito à política do rouba, mas faz, não devemos dar ouvidos a quem tem o descaramento de roubar os cofres públicos e convivermos com a impunidade. Infelizmente grande parte da mídia brasileira ainda tem a prática de dar audiência a políticos rumívoras, que conseqüentemente, faz com que estes possam voltar ao cenário da vida pública, consagrados, infelizmente, por eleitores carentes de esclarecimentos políticos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tá escrito, mas tá restrito

Diz o informativo: A legislação que rege as relações dos bancos com seus clientes vem sendo permanentemente atualizada pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central, com o objetivo de resguardar os interesses dos usuários e clientes e contempla exigências muito mais amplas... Pois é, moro na baixada santista, fui a um destes bancos para resolver um simples probleminha, achei um absurdo a demora para entrar e para ser atendido. Além, é claro, da elástica fila. Cheguei 10h05min, passaram-se os 40 minutos, fui atendido 1 hora depois de minha chegada ao banco. Os bancos trabalham com nosso dinheiro, por isso merecemos respeito. O cumprimento e a fiscalização de Leis que favoreçam o povo não dependem, respectivamente, apenas dos órgãos prestadores de serviço, mas também dos consumidores. Neste ou em outros casos, somos os principais prejudicados devido ao péssimo atendimento, sobretudo de empresas que fazem vistas grossas para o consumidor. Outro informativo diz: Instituição bancária deve oferecer atendimento imediato e prioritário aos clientes que demandam atendimento preferencial como os idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais, além de atender o que rege lei municipal referente à fila e tempo de espera de somente 15 minutos. Esta lei deve ser informada a SABESP, Elektro (Guarujá-SP) que vem cobrando contas caríssimas de energia, (vejam as contas de Janeiro, Fevereiro, Março...), prefeituras, sistema de travessia de balsas, demais órgãos do Governo de Estado e empresas de ônibus. Por falar em empresa de ônibus; dia destes somei o preço exorbitante da tarifa em Guarujá, com o tempo de espera e o prejuízo foi perda total de paciência. Concluí que, optar pela bicicleta ou caminhar, faz bem ao bolso, aos compromissos, coisa que as empresas não têm com o consumidor. Quem quiser rapidez nos atendimentos neste país, tem que virar super herói, ser mega empresário ou ser quem sabe, algum mandatário público. De quem é a culpa?

Egito: julgamento do povo

Tolerância zero! Cai mais um ditador do reino da política podre e sacripanta. Muitos ditadores patrocinados por grandes capitalistas mundo afora que se cuidem, pois, Hosni Mubarack, que foi colocado no poder do Egito pelos norte americanos, finalmente caiu do trono após mais de 30 anos. Egito: A voz dessa nação cansada de ser massacrada por um ditador foi finalmente ouvida. Será que no Brasil existe um conformismo para que aceitemos as coisas como são, como estão? É claro que não temos ditadura de poder único, mas sim em pequenas células de poderes por diversos segmentos. Seria um belo exemplo se nós brasileiros nos uníssemos para confrontar os políticos com mandatos, fraudadores que se acham donos do mundo. Seria um belo exemplo, se parássemos com a velha mania de reclamarmos para nosso próprio espelho, dos ditadores que se encastelam nos poderes constituídos, sobretudo em sindicatos, associações e outros. No Brasil já se derrubou golpistas e ditaduras. Fizemos passeatas chamadas de diretas já, que ajudaram a acabar com a empáfia da classe dominante. Depois disso, tivemos um presidente eleito pelo povo de forma estranha, e que sofreu um processo de impeachment depois de inúmeros protestos nas ruas. Não me refiro aos caras pintadas, estudantes manobrados pela mídia burguesa. Não me refiro aos inúmeros deputados, que entre eles haviam muitos fascistas dizendo sim pela cassação, mas sim pelo povo em sua totalidade. Ambos, a impaciência do povo carente de políticas públicas e o então presidente criador de marajás, causaram manifestações nas ruas. E você, o que você faz para protestar? Apesar da vitória do povo egípcio, este mesmo povo está muito atento quanto ao fato do governante "interino" ter sido integrante do mesmo governo que foi deposto. Se fosse “acá in Brazilis”, a guarda já estaria em baixa, haveria decreto para um mês de feriado nacional com festas financiadas, como se nada tivesse acontecido. Já imagino centenas de figurões chamando para si a responsabilidade pela vitória em nome do povo, provavelmente dando entrevistas na TV; telejornalismo, novelas e até em programas de auditórios, desses em que os apresentadores fazem média com os telespectadores, fazendo palestras, escrevendo artigos para jornais de grande circulação e sendo consagrados heróis pela turma do caviar. “Enquanto isso o povo... diria uma ex ministra do Brasil, este é somente um detalhe”.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Projetadas sem projetos

Dia destes, encontrei morador indignado, tentando negociar dívida de IPTU. Dizia-se revoltado por morar mal e ser obrigado a pagar por algo que não existe; “saneamento básico, nome de rua correto, água da Sabesp com qualidade para todos e tantas inverdades ditas que não aparecem”. Dizia mais: “Sou morador em V.C/Guarujá-SP há pelo menos trinta anos, minha rua nunca foi preocupação de prefeitos e vereadores, com exceção na hora do voto, e eu, como os demais moradores, passamos por tantas humilhações.” “Podem falar o que quiser do ex- prefeito Maurici, mas esse pelo menos, mesmo que uns não aceitem, sabia lidar com o povo”. “Minha rua chama-se projetada, mas que até hoje sobrevive sem projetos”. “O número de crianças que adoecem; feridas na pele, febres, resfriados constantes, verminoses, diarréias, dores de cabeça, dengue, desidratação e outras são incontáveis”. “Ainda temos de conviver com todos os tipos de insetos, muitos pais e mães sobreviventes do desemprego, ou fazendo bicos, um tipo de subemprego”. “Do jeito que as coisas vão, com tantas injustiças, sou obrigado a me candidatar para algum cargo público”. “Será que com isso eu terei mais valor?” “Se meu humilde barraco, não tem nem o documento de posse, não tem nome de rua, não tem estrutura, está abandonada sob todos os aspectos, não tem escritura definitiva, como eu posso pagar IPTU?” “Quem mora em bairro de pobre, também quer pagar imposto, desde que a prefeitura legalize casas e terrenos”. “Gostaríamos que a prefeitura respondesse estas e outras perguntas dos moradores pobres e carentes desta tão abandonada Guarujá-SP”.