Acabou mesmo o carnaval? O ano de verdade no calendário tupiniquim começa agora? Ou será que quem inventou essa frase, foi algum político safado querendo ganhar tempo pra roubar mais um pouquinho? Só percebemos a real situação quando o carnaval acaba. O mercado financeiro brasileiro já sabe que em muitas regiões, o carnaval começa em Dezembro e só acaba um minuto antes da quaresma. Quase todas as regiões ocupam-se de fanfarras boa parte do inicio do ano, deixam questões mais importantes para depois do carnaval. Então, haja carnaval! O carnaval pode ser uma justificativa para se fazer algo, que não é feito no restante dos meses. Não sejamos contra o carnaval, mas contra a carnavalização dos problemas. Se um funcionário público fantasma ri na cara da sociedade, é carnaval. Se um farsante maníaco destrói a vida de seu próximo, depois justifica que não era ele porque ouve vozes e seres mascarados a sua volta, com certeza é carnaval. Algumas informações sobre as estações dos anos: A primavera se inicia (aproximadamente no dia 20 de março no Hemisfério Norte e 23 de setembro no Hemisfério Sul) o verão que se inicia (aproximadamente no dia 21 de junho no Hemisfério Norte e 21 de dezembro no Hemisfério Sul) O outono se inicia (aproximadamente no dia 23 de setembro no Hemisfério Norte e 22 de março no Hemisfério Sul) O inverno inicia após o Outono (aproximadamente no dia 21 de Dezembro no Hemisfério Norte e 21 de junho no Hemisfério Sul) O carnaval começa (oficialmente dia 13 de fevereiro e vai até 16 de fevereiro no Hemisfério Brasil), depois vem à quarta de cinzas que é facultativo, mas se houver fôlego dos foliões, ultrapassa a quinta, sexta, sábado com o desfile dos blocos e escolas campeãs participantes da gincana carnavalesca, que se estende até domingo, um minuto antes da segunda. Outros exemplos de carnaval: Se as pessoas estão patinando na lama pública, devido à falta de caráter de quem está à frente do poder público, é carnaval. Se com um salário mínimo podemos comprar pelo menos uma garrafa de cachaça no fim de semana e fingir que é herói, é carnaval. Se os agentes das forças repressoras investem de forma brutal, alegando que só querem manter a ordem pública, contra trabalhadores manifestantes, que lutam por seus direitos, é carnaval. Se alguém força uma gravidez, porque quer uma produção independente, exemplificando a pior maneira para o crescimento da natalidade, é carnaval (a criança jamais terá culpa). Se pessoas imaturas, apesar da idade, sem objetivos, cujos pensamentos palavras e atitudes sejam vazias de conteúdo, vazias de cultura, só pensam em coisas pequenas, sem sentido, que sonham mais do que realizam, que vivem contando vantagem sem nada ter a apresentar de fato, que não se planejam antes de agir, que não assumem responsabilidades, é frívolo carnaval. Se o patrão demite um funcionário porque este é inteligente e só queria trabalhar, é carnaval. Se a justiça é cega porque nunca quis ir ao oftalmologista e faz um inocente dançar um ritmo que não é o seu, é carnaval. Se os políticos ladrões e os grandes capitalistas começarem a reclamar que o povo está mais consciente, cansado de ser eterno fanfarrão, então, não haverá mais motivos para o carnaval.
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