Talvez eu seja o mais ecumênico dos comunistas, sou também devoto da sagrada paciência, uma santidade que não atura falsos revolucionários, militantes de esquerda, partidários de promessas mirabolantes, sindicalistas monarcas, homens e mulheres que fazem discursos enfáticos, todos gabineteiros, que falam em nome do povo na intenção somente de arrumarem grandes brechas nas tetas do poder. A esquerda no Brasil não se contaminou só com o discurso teoricamente arrogante da direita, pôs em sua prática a sapiência da impunidade e da corrupção, a mesma praticada pelos inimigos da nação, nação esta que sobrevive da honestidade e é massacrada pelo sistema. Uma espécie de homogeneidade nas esferas políticas. Talvez eu possa ser igual, mas pelo menos assumo publicamente meus pensamentos, pois conheço de perto e de longe, centenas de práticas políticas. Quando os chamados segmentos populares no Brasil se envolvem em escândalos, ficamos cada vez mais sem defesa, visão oprimida no meio do tiroteio. Então pensamos; “esse país não tem mais jeito”.
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