terça-feira, 8 de novembro de 2011

CHATO É MORRER‏

CHATO É MORRER - Esse negócio de morrer é muito chato, não dá nem tempo de resolver os problemas, logo ela chega e dá o resultado. Parece que demora, mas não, é tudo muito rápido. Quando imaginamos que conhecemos bem o viver, ela chega para dizer que estamos errados, leva-nos para que possamos aprender o que é o letal, fatal, casual, ocasional, natural, eventual, ou simplesmente normal. E o que é anormal? A morte é igual para todos; para quem faz dieta, para quem tem uma vida sedentária, para quem tem dinheiro, para quem é pobre, para quem está muito doente, ou quem nunca ficou enfermo, para quem tem sentimentos, mas também para quem é bom. A morte leva até quem mal chegou, ou quem ainda não saiu do ventre, ou quem ainda era só “planos”. Não vale a pena querer reclamar, todos terão suas chances. Lembremos que, para cada novo milionésimo de segundos, você pode escolher o que quiser menos querer não morrer. Ou alguém pensa que o preço da vida custa tão barato?! A vida é como um emprego bem estabilizado, com direito a férias enquanto estamos sobrevivendo, mas todos terão por obrigação a aposentadoria; morrer para que outros ocupem os espaços. Não sejamos egoístas, em insistir para não ir. A maior de todas as empregabilidades. Se eu morrer antes, não quero que ninguém me endeuse, ou diga que Deus foi injusto, mas também não quero ser estatística, não quero ser tratado como mais um senhor xis de uma fração matemática.

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