Eremitas ou ermitões, nada mais são do que seres humanos, usualmente por penitência, religiosidade, misantropia ou simples amor à natureza, vivem em lugares desertos, isolados. Os misantros ou anti-sociais solitários tornam-se ascosos com os outros da mesma espécie, ao tecnologismo, que atualmente vem destruindo a natureza de um modo geral, aos cínicos politiqueiros incompetentes, incrustados nas organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento da sociedade e, por conseguinte, dos indivíduos. O eremita também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas, por ser alguém que odeia a humanidade de uma forma generalizada. A palavra é de origem grega, em que une os termos ódio e homem. O termo também é aplicável aos que se tornam solitários por causa dos sentimentos acima mencionados. O local de sua morada é designado eremitério, diferente de uma pessoa comum, que quando morre vai para cemitério, vertical ou horizontal. As pessoas que sobrevivem no lugar comum de uma cidade, quase suas vidas inteiras, podemos considerá-las como ermitões urbanos. São pessoas que mal conhecem o próprio bairro onde moram. Não sabemos se por medo, se por acomodação, se por falta de inteligência, ou quem sabe até por falta de dinheiro, essas pessoas se fecham como tartarugas no casco e ficam num universo único. Um verdadeiro eremita já nasce para isso, mas quem vive nas grandes, médias e pequenas cidades a necessidade de se isolar, talvez deva ao fato da violência que assola, da influência negativa de pessoas que tornam a vida dos outros em verdadeiros infernos e pela falta de humanidade do próprio humano.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Neste universo
Neste universo que nos deu vida, nada em troca, somente sobreviver pensamentos, que nos façam sonhar...
Amores ao ar livre, tribos culturais, mais um tempo respirando, agradecer as coisas boas, que nos façam recordar...
Tudo nos surpreende, cada descoberta seja ela qual for, todo dia uma nova história, que nos façam contar...
Várias vitrines, de diversas cores e traços, umas mais inspiradoras, clareiam os dias, que nos façam pintar...
Outras vidas que nascem, naturezas que morrem, saudamos a rota contínua da terra, que nos façam girar...
Multidões caminham, num vai e vem de tarefas, pés se cruzam, fazer novos amigos, que nos façam abraçar...
Desse mundo só liberdade, de sentimentos mil, sem máculas, sem certos rancores vis, que nos façam perdoar...
Sem injustificáveis prisões, livres pássaros, conhecer seres nos anilados céus, que nos façam voar...
Caminhar léguas, não temer as verdades palavras, alcançar os almejados horizontes, que nos façam contemplar...
A voz da consciência, mesmo que algo tente nos confundir, sem medo de almejar a paz, que nos façam lutar...
Neste planeta, não perder a paixão, verdade do tempo, sem a irreal magia, que não nos façam enganar...
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Guarujá sem segurança
Essa administração medíocre em todos os aspectos da prefeita de Guarujá-SP, Maria Antonieta de Brito, já está afetando minha família. A Câmara de Vereadores, que mais parece conselho de condomínio de sobradinho é lamentavelmente inoperante, desconhecida, sem atrativos, sem projetos, sem nada a oferecer a população, também tem muita culpa. Minha Esposa, que nunca deixou de se dedicar ao trabalho, uma pessoa disposta a colaborar com qualquer que seja o eleito, que não se envolve em política partidária, grupelhos de mercenários, sempre na condição de funcionária pública concursada, lotada na área da saúde, foi impiedosamente desrespeitada, por um cidadão medíocre, abrupto, imbecil, hipócrita, covarde, desses que quando encontra um mandatário se ajoelha e beija as mãos. Desses que não tem coragem de dizer na "lata” o que pensa sobre a incompetência do administrador público, para quem detém este poder, e desconta em quem não tem nada com isso, só cumpre com sua jornada de trabalho. O que mais o povo necessita além das básicas necessidades é segurança, tanto no local de trabalho, quanto no laser, coisas que Guarujá-SP deixa a desejar até aqui. Quem trabalha na área da saúde está mais exposto aos riscos da violência, pois esta há muito está na CTI e não angaria votos. O que angaria votos é a esmola que os mandatários dão aos ludibriados, que se deixam enganar-se por migalhas. Com certeza este cidadão medíocre, que ofende funcionários públicos, já deve ter beijado muito as mãos de muitos políticos maléficos. A prefeitura de Guarujá-SP não oferece nada para o povo, mas pelo menos deveria valorizar o funcionalismo público, oferecendo segurança total. Afinal, somos culpados quando escolhemos maus representantes do povo que mal conhecem o valor da vida de quem trabalha. Peço providências já. O restante não precisamos falar, pois até quem não enxerga consegue medir o tamanho da falta de cuidado com a cidade.
Cultos políticos
Com a intenção de angariar soldados militantes para tentar alavancar candidaturas, algumas que caem de paraquedas, para as eleições 2010, umas com ficha mais ou menos limpa, outras mais ou menos confusas, outras sem qualquer noção, muitos partidos realizam reuniões que mais parecem cultos religiosos. Já falam em 2012, sem se quer ter terminado o ano que mal começou. Parece que a função política, já um tanto quanto desgastada, virou mercadinho para oferecer vaga para quem quiser ser candidato antes do prazo estabelecido pela justiça eleitoral; Prefeitos e Vereadores com chapa completa. Nenhum critério de formação política é pré-requisito para tais pretensões. Dia destes, por acaso, fui a uma reunião partidária e percebi que o discurso não era político e sim eleitoreiro. Lembro-me que para alguém ser candidato a algum cargo público, por obrigação deve ser um defensor dos movimentos sócias, ter formação política, compromisso com a população, idéias de projetos, base eleitoral forte e conhecer pelo menos a cidade onde mora. Não precisa ser mercenário e nem inimigo do povo. Um partido político, hoje também muito desgastado, que não escolhe bem o seu time de idealistas, só causa mais aborrecimento na população.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Todo dia um velho crime
Muito se fala que o crime não compensa. Esta frase certamente, ao que parece não foi criada por nenhum brasileiro. Do jeito que caminham as coisas por aqui, não sobrará ninguém para apagar as luzes. Ou já estamos em total escuridão? Certo dia, ouvi a seguinte frase: “Pelo certo vamos precisar de outro Deus urgente”. Estamos regredindo, pois a lei “Olho por olho e dente por dente" é bem antiga e imprudente. Enfim... “Cada qual no seu grau de evolução”. Quando você está enjoado de assistir sobre crimes bárbaros, surgem outros piores. Muito se fala que cadeia é coisa somente para pobres trabalhadores, ou simplesmente criminosos pobres, que já nascem com instinto maléfico, que ao serem presos sofrem agressões físicas das mais pesadas. Não temos notícias de que a polícia tenha arrebentado as caras do goleiro Bruno e sua equipe de criminosos, que arquitetaram um dos crimes mais chocantes da história, dos suspeitos no caso da advogada Mércia, massacrada e jogada num riacho, do casal Nardoni, que arremessou a filha pela janela do apartamento, dos políticos que roubam o dinheiro público e tantos outros. Não demorará muito, para que outras atrocidades venham à tona. Enquanto isso, “O couro come no lombo” do pobre quando é preso, já sai do local algemado e mais surrado do que dinheiro no bolso de bêbado. Sabem o porquê disso? Mídia. Pois é ela que atualmente vem prendendo gente sem escrúpulo que mata. Quem prende bandido pobre não vira herói, mesmo sabendo que a prática criminosa é igual sobre todos os aspectos, cometida por ricos ou por miseráveis. E assim, caminha a sociedade para uma suposta evolução, mas com crescente número alarmante da violência, juntando-se a falta de interesse em acabar com a impunidade, por parte dos governantes. A população organizada vai começar a reagir de maneira trágica se não for tomada uma medida drástica em relação aos crimes bárbaros que vem acontecendo.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Morto é morto
Mar morto é uma manifestação de lágrimas mentirosas, derramadas, que chora a morte de alguém que nada deixou. Extinto é o que não se defende, por não ter vida própria, vive sem atividade ou está muito cansado, torna-se inútil. Afinal, morto é morto. Não reivindica salário, pode ser enganado, xingado, pisoteado, pode ser motivo de chacota, jogado contra a parede. Nada poderá não fazer, poderá não dizer que não é mais nada. Morto é morto. Não paga dívida, pode vir quem quiser, pode ser tratado como peça de museu, vendido para estudo da ciência, roubado no tráfico de ossos e nada deverá não pensar. Deverá não reclamar, deverá não falar o que a voz não emite. Morto é morto. Não engana os amigos, não mata os inimigos, não fere sentimentos, não tem amor próprio, não reconhece paternidade, desconhece os filhos e não vai ao psiquiatra, não pode ser julgado para responder. Morto é morto. É arquivoque não se pesquisa mais, letra que mais nada se escreve ou traduz, língua que não se fala mais por não ter intérprete, peso morto que ninguém mais carrega, somente uma vez. É ponto morto, como a marcha do carro que fica em descanso. É zona morta, parte de uma vida que se foi e se vai, sai das estatísticas. Morto é morto. Não diz a verdade que possa lhe desempregar, não cobrará mais direito, não receberá mais dinheiro. Morto não trai amizades, atrai outras almas, contrai movimentos, recolhido em si próprio, inanimado como um nada. Morto é morto. Não tem riqueza, não maltrata a pobreza, não mora em mansões, não invade áreas, mas ganha um punhado de terra, vira mórbido latifundiário. Afinal, morto é morto porque Deus não gosta de rotina. E quando coberto com flores, deitado num quarto horizontal, deixa de existir para sempre. Morto é morto, só a terra cobre, tanto faz ser rico ou tanto quanto pobre. Morto é morto e ponto final. Portanto, para os que ainda têm vida, seja bom o quanto puder, enquanto a vida ainda lhe preserva.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Razões imaginárias
Irracionalismo é aceitar a razão imaginária. A razão é o subordinado da regência mundial. Ela é um manifesto revelador da história ou revela na história o divinismo absoluto. Ela também constitui fatos. Nunca chame alguém que não conhece os motivos, para julgar a razão de quem quer que seja. Se recuse a julgar a razão desconhecida de alguém, só por causa da super amizade ou por várias népias. Se recuse a julgar a razão do absurdismo sobre todos os aspectos. Mentir diante de um fato grave pode custar uma vida, ou várias vidas. Tudo isso seria muito bonito na prática, se não existisse algo chamado ameaça, intimidação e medo. Temendo a própria existência, muitas pessoas mentem para manter-se no emprego, manter a velha amizade e a máxima da tradição do individualismo. Atualmente, vale mais a pena dormir com a consciência intranqüila em determinados casos, do que construir um mundo verdadeiramente habitável. A verdadeira razão é sólida, mas causa conflitos em determinados momentos, quando há necessidade de aceitar sua realidade, um exemplo disso é a vaidade pessoal, quando alguém se omite dela, sendo ignorante. A razão não pode conviver com a negativa, não pode ser uma segunda constituição na vida do homem. Na atual conjuntura, desvendar a razão significa para muitos, que algo não caminha bem, é provável que tudo pode não estar correto, e com isso, cria-se a cultura do eu-mesmismo.
A difícil escolha
A difícil escolha. É assim que o eleitorado da baixada santista se sente ano após ano quando se fala em eleições. Acreditamos que por várias regiões do país, a coisa não seja diferente. Milhões de pessoas já falam em anular o voto, não comparecer para votar, fazer manifesto contra os ladrões do dinheiro público, o que não seria má idéia, quando morre a perseverança diante da situação lastimável da política. Basta ver os escândalos que ocorrem. Em Estado democrático de direito cada pessoa toma a decisão que bem entende. Se daqui pra frente, houver um grande percentual de não votantes e votos nulos, não será surpresa nenhuma. Neste caso a frase se inverte para: “Quem procura bons motivos não acha”. Em direito, a nulidade ocorre quando um interesse público é lesado. No caso das eleições, podemos dizer que é uma forma completa de cassação de quem jamais nos representará com ética, moral e com dignidade. Algo nulo não poderá ser confirmado. Que moral tem uma cidade, um Estado, um país que não apresenta boas alternativas de voto para a população, ou que apresenta uma lista com o que há de pior? Isso, infelizmente é possível na baixada santista, sobretudo em Santos-SP, berço das grandes transformações políticas. Pode até ser que haja alguém interessado pelos problemas do povo, mas só o tempo dirá, basta alguém ser eleito para sabermos. Já dizia um ex-dissimulado prefeito que hoje come nas mãos dos fascistas iguais: “Queremos mudanças já!” O poder é uma mosca branca de olhos vendados, que se recusa enxergar a sujeira. Diga sim somente ao que a consciência lhe determinar. A decisão de achar é sempre a pior de todas as escolhas. Não acredite em milagre eleitoreiro.
sábado, 17 de julho de 2010
A incapacidade masculina
Os considerados menos sábios pregam de forma depreciativa, a ideia de masculinidade como sendo algo abrupto, rústico e incapaz de ter sentimentos, um estereotipismo sem qualificação. Alguns poucos amébios, sem inteligência, usam a violência para provar aos outros o quão de sua ignorância. O mais sensível dos homens não precisa trocar de sexo para mostrar sua identidade. Delicadeza, carinho e compreensão com a família, não significa mudar de personalidade. Um abraço apertado, um beijo, a preocupação com os filhos, simboliza a paz sobre todos os aspectos. Filhos criados com frieza refletem para o espelho da maldade. Você já beijou seus filhos hoje? Já procurou saber sobre suas angústias, tristezas e necessidades? Você já deixou seus rancores, suas mágoas, frustrações de lado para falar de amor com seus entes queridos? Não precisa fingir que é forte, sendo hipócrita, só porque os outros são, e querem que você seja. E a feminilidade? Outra idéia que dizem estar associada somente com o criar, nutrir, qualidades associadas à capacidade de gestação. Isso não significa que a mulher deva ser somente a “mãezona”, a “patroa”, a “dona de casa” que se obriga a manter as aparências, com ou sem sofrimentos, e nem querer usar a arrogância da masculinidade para mostrar que é mulher. A mulher não é símbolo de solidariedade é a própria compreensão de tudo. A única senhora do mundo. O homem é a própria canalhice na sua existência.
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