sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eremitas urbanos

Eremitas ou ermitões, nada mais são do que seres humanos, usualmente por penitênciareligiosidademisantropia ou simples amor à natureza, vivem em lugares desertos, isolados. Os misantros ou anti-sociais solitários tornam-se ascosos com os outros da mesma espécie, ao tecnologismo, que atualmente vem destruindo a natureza de um modo geral, aos cínicos politiqueiros incompetentes, incrustados nas organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento da sociedade e, por conseguinte, dos indivíduos. O eremita também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas, por ser alguém que odeia a humanidade de uma forma generalizada. A palavra é de origem grega, em que une os termos ódio e homem. O termo também é aplicável aos que se tornam solitários por causa dos sentimentos acima mencionados. O local de sua morada é designado eremitério, diferente de uma pessoa comum, que quando morre vai para cemitério, vertical ou horizontal. As pessoas que sobrevivem no lugar comum de uma cidade, quase suas vidas inteiras, podemos considerá-las como ermitões urbanos. São pessoas que mal conhecem o próprio bairro onde moram. Não sabemos se por medo, se por acomodação, se por falta de inteligência, ou quem sabe até por falta de dinheiro, essas pessoas se fecham como tartarugas no casco e ficam num universo único. Um verdadeiro eremita já nasce para isso, mas quem vive nas grandes, médias e pequenas cidades a necessidade de se isolar, talvez deva ao fato da violência que assola, da influência negativa de pessoas que tornam a vida dos outros em verdadeiros infernos e pela falta de humanidade do próprio humano.

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