terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Egito: julgamento do povo

Tolerância zero! Cai mais um ditador do reino da política podre e sacripanta. Muitos ditadores patrocinados por grandes capitalistas mundo afora que se cuidem, pois, Hosni Mubarack, que foi colocado no poder do Egito pelos norte americanos, finalmente caiu do trono após mais de 30 anos. Egito: A voz dessa nação cansada de ser massacrada por um ditador foi finalmente ouvida. Será que no Brasil existe um conformismo para que aceitemos as coisas como são, como estão? É claro que não temos ditadura de poder único, mas sim em pequenas células de poderes por diversos segmentos. Seria um belo exemplo se nós brasileiros nos uníssemos para confrontar os políticos com mandatos, fraudadores que se acham donos do mundo. Seria um belo exemplo, se parássemos com a velha mania de reclamarmos para nosso próprio espelho, dos ditadores que se encastelam nos poderes constituídos, sobretudo em sindicatos, associações e outros. No Brasil já se derrubou golpistas e ditaduras. Fizemos passeatas chamadas de diretas já, que ajudaram a acabar com a empáfia da classe dominante. Depois disso, tivemos um presidente eleito pelo povo de forma estranha, e que sofreu um processo de impeachment depois de inúmeros protestos nas ruas. Não me refiro aos caras pintadas, estudantes manobrados pela mídia burguesa. Não me refiro aos inúmeros deputados, que entre eles haviam muitos fascistas dizendo sim pela cassação, mas sim pelo povo em sua totalidade. Ambos, a impaciência do povo carente de políticas públicas e o então presidente criador de marajás, causaram manifestações nas ruas. E você, o que você faz para protestar? Apesar da vitória do povo egípcio, este mesmo povo está muito atento quanto ao fato do governante "interino" ter sido integrante do mesmo governo que foi deposto. Se fosse “acá in Brazilis”, a guarda já estaria em baixa, haveria decreto para um mês de feriado nacional com festas financiadas, como se nada tivesse acontecido. Já imagino centenas de figurões chamando para si a responsabilidade pela vitória em nome do povo, provavelmente dando entrevistas na TV; telejornalismo, novelas e até em programas de auditórios, desses em que os apresentadores fazem média com os telespectadores, fazendo palestras, escrevendo artigos para jornais de grande circulação e sendo consagrados heróis pela turma do caviar. “Enquanto isso o povo... diria uma ex ministra do Brasil, este é somente um detalhe”.

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