sábado, 5 de fevereiro de 2011
Projetadas sem projetos
Dia destes, encontrei morador indignado, tentando negociar dívida de IPTU. Dizia-se revoltado por morar mal e ser obrigado a pagar por algo que não existe; “saneamento básico, nome de rua correto, água da Sabesp com qualidade para todos e tantas inverdades ditas que não aparecem”. Dizia mais: “Sou morador em V.C/Guarujá-SP há pelo menos trinta anos, minha rua nunca foi preocupação de prefeitos e vereadores, com exceção na hora do voto, e eu, como os demais moradores, passamos por tantas humilhações.” “Podem falar o que quiser do ex- prefeito Maurici, mas esse pelo menos, mesmo que uns não aceitem, sabia lidar com o povo”. “Minha rua chama-se projetada, mas que até hoje sobrevive sem projetos”. “O número de crianças que adoecem; feridas na pele, febres, resfriados constantes, verminoses, diarréias, dores de cabeça, dengue, desidratação e outras são incontáveis”. “Ainda temos de conviver com todos os tipos de insetos, muitos pais e mães sobreviventes do desemprego, ou fazendo bicos, um tipo de subemprego”. “Do jeito que as coisas vão, com tantas injustiças, sou obrigado a me candidatar para algum cargo público”. “Será que com isso eu terei mais valor?” “Se meu humilde barraco, não tem nem o documento de posse, não tem nome de rua, não tem estrutura, está abandonada sob todos os aspectos, não tem escritura definitiva, como eu posso pagar IPTU?” “Quem mora em bairro de pobre, também quer pagar imposto, desde que a prefeitura legalize casas e terrenos”. “Gostaríamos que a prefeitura respondesse estas e outras perguntas dos moradores pobres e carentes desta tão abandonada Guarujá-SP”.
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