A grande mídia fala do casamento real, como se o mundo fosse mudar com isso. Tudo bem, eles tem um rei, uma rainha, príncipes e algumas princesas, mas nada comparado ao universo Brazuka tupiniquim, que nós o chamamos de Brasil, nome influenciado por alguns exploradores estrangeiros, onde tem rei e rainha pra tudo. É verdade que o nome, não seja criação de nenhum brasileiro, ou nenhum índio daqui, mas também não sabemos de onde surgiram tantos índios. Dizem que provavelmente são descendentes de povos asiáticos, que milhares de anos antes cruzaram o estreito de Bering, no Alasca e aos poucos se espalharam para o sul do continente... Outra teoria, menos provável, é que seriam polinésios que cruzaram o Pacífico em pequenas jangadas... E a origem da coloração da pele? Devem ter se embriagado bastante com chá de pau-brasil. Bem, isso é outra historinha... Tudo bem, nós também já tivemos reis, rainhas, príncipes, princesas, condes, condessas, intendentes, regentes, escravos, escravocratas, torturadores, escravagistas, abolicionistas e demais influências estrangeiras, que por fim ganhamos independência e libertados por bravos portugueses que exploraram e levaram o nosso ouro e nossas riquezas. Isso não é piada. De lá até aqui, não tivemos uns problemas, temos vários agora. Tudo bem, eles tem uns reinadozinhos, nós temos e já tivemos diversos: Rei do futebol, da jovem e velha guarda, do pagode, do samba, da cachaça, rei da vela Oswaldiana, do riso, da bossa, da fossa, do brega, do rádio, reis do “iê iê iê” da dança, rei do xaxado, do baião, da cocada preta, da malandragem, momo e tantos Reinaldos e Reizinhos, mas todos sempre acompanhados de belas princesas. Tivemos, ou ainda temos também: Rainha dos caminhoneiros, dos baixinhos, do axé music, do rebolado, do rádio, da televisão, as rainhas dos pomares – mulheres frutas e verduras, rainhas das noites, rainhas dos lares eleitas por beócios, mas nem todas acompanhadas de belos príncipes. Tudo bem, nossa corte de talentosos por devoção divina, ou por imposição da santa mídia é única, exclusiva e sem substituto. Na outra conta do reinado brasileiro, constam os contrastes políticos, onde senhores dos palacetes de mandatários por cada Estado, fazem-nos de bobos da corte diante de suas manobras, falcatruas, maracutaias, mentiras e engodos. Tornam-nos súditos para que cegos, surdos e mudos, sobrevivamos eternamente condenados a plebeus.
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