segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A prosa do enforcado


O tal dito trabalhador, disse o pouco que queria, sendo certo ou errado todo mundo já sabia, mas pagou um preço alto de escrever o que tudo seria.
Sacrificou seu ganho mensal, o mandaram passear, não pôde nem se defender, muito menos se explicar, a mentira virou mantra, só quem é mudo pode ficar.
Falar de fato é aperrioso, do poder tão imoral, costumeiro e indecente, para quem se diz tão maioral, o escondido é um partido, primo e irmão do ilegal.
Com exceção do que está errado, nada parece tão certo, o justo é sem honraria, não é metido a esperto, o sujo não lhe atrai nem ao longe e nem de perto.
Quem se esconde atrás da fumaça, para fingir ser tão bondoso, de perto é só tirania, gesto assim tão horroroso, asfixia inocente no lamaçal tenebroso.
Tentando mudar o mundo, o saber é posto à prova, não conjuga com a ignorância, não dá rima, não dá prosa, omissão é um vazio é poesia que não dá trova.
Passageiro na nobreza, intitulado sem direção, fomentador do engodo, sem fineza e educação, a curva torta lhe chega, o tempo de vida vence, vai andar na contramão.
Então disse o tal dito trabalhador, sobre o poder tão efêmero, pra defensor da impunidade que agrupa mercênaro, a justiça divina é fato, independente do gênero.

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