Aos menos informados lembramos que, o horário eleitoral gratuito ou horário político no Brasil, é um espaço reservado por lei, dentro das programações de televisão e rádio, para propaganda eleitoral dos candidatos concorrentes, a fim de cada “tal e qual” possa apresentar seus projetos de governo, que na maioria das vezes só ficam no papel. O horário eleitoral gratuito é exibido, no período eleitoral, simultaneamente em todas emissoras de TV aberta do país. Ele foi instituído pela lei Nº 4.737, de 15 de julho de 1965, que criou o Código Eleitoral Brasileiro. É claro que o horário eleitoral não é nada gratuito, para este ano vai custar mais de 850 milhões de reais, segundo a Receita Federal. Com esses valores, o governo federal não arrecada Imposto de Renda das empresas de Rádio e TV, que vira uma espécie de compensação pela veiculação da propaganda obrigatória. O pacote é completo, incluindo também as intragáveis inserções avulsas durante as programações dos veículos de comunicação. Tem gente que não gosta, enche a boca para dizer que odeia política, mas está preocupada com as intragáveis novelas, umas que terminam mais cedo e outras que começam mais tarde. Se o prosaico rol de besteirol exibido nas telinhas no dia a dia é uma realidade, o horário eleitoral é mais um. Mas o mais importante é sabermos quais serão “os nossos heróis representantes do povo”. O novo shopping eleitoral gratuito já começou no rádio e na televisão, nele mercadorias velhas com extensivas fichas sujas e já conhecidas do grande público. A novidade agora é apostar em mercadorias folclóricas; figuras do meio artístico, futebolístico e esportista, religioso, donas de casa, aposentados, uns inexpressivos e outros que querem somente aparecer, aproveitando o momento ruim da política para continuarmos com título de país da grande piada. Façamos nossas apostas. Quem apostar em ficha suja ganha de presente um passaporte para continuar no lamaçal. Quem apostar em ficha limpa pode ganhar um papel em branco até que este se suje no lamaçal também. Pode ser que nos enganemos. A grande verdade é que todos os partidos políticos, sobretudo os chamados partidecos de aluguel, buscam na piada eleitoral fenômenos de votos, com reles intenções de ajudar a eleger gente que nunca se preocupou com os problemas do país. Fato que acaba custando caro para quem sobrevive ao fadado da violência, do desemprego e outros problemas graves que não são vaticínios, mas sim extrema realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário