quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Salve a língua brasileira!

É incrível, mas brasileiro tem mania de estrangeirizar tudo. Em minhas andanças por pelo menos 45 cidades diferentes pude observar um imenso mar de nomes estrambólicos: Tony Walker Firmino, Ralfy Klayton Nonato, katleen Jaisy de Jesus, Autarquina Presley da Conceição, Dorys Day da Anunciação, Michely Pfaifer da Silva, James Jonson Pequeno da Glória, Mary Lane Vitória da Plebe, Lady Di Maria Constância e muitos outros. Numa dessas cidades pequenas do interior de algum estado, ouvi até um simpático velhinho afirmar o seguinte: " Aqui é assim, quando uma a mulher vai parir e o pai toma whisky importado, o filho ou a filha ganham um nome estrangeiro. Mas se a bebida for cachaça brasileira, aí o sujeito cai na real e bota nomes do tipo:  Maricléia Maria, Deusolinda Margosa, Deoclecia Joselinda, José Nonato de Riopedrense, Homérico Barreiro, Caribé da Saudade, Clotildes Jamel, José Palhinha e outros." Foi numa dessas cidades, que também pude constatar o quanto a invasão estrangeira está enraizada até mesmo no comércio local. Alguns nomes de "butecos", desses que logo na entrada o cheiro do banheiro contamina o quarteirão inteiro, lojas, empórios, magazines e etc e tal: "sunshine's bar", "lang infor-lanche", "xis beikon restaurant", "magazan's  tawner", "generaition's grils", "sea land empory", "aisland magazine", "papelaria paper", "pit stop pareid cicly" e porai vai... Independente da gramática ou vocabulário estarem corretos ou não, o que vale é a intenção. A chaga intenção de desmoralizar a nossa língua portuguesa, que por sinal todos nós temos sérias dificuldades para entender, ainda mais agora com as mudanças das regras ortográficas. Ou será "ortograficas"? Conheço meramente um país da língua estrangeira virtual. Já imaginaram em plena New York City alguns bares chamados de "Severino's bar",  "petisquinhos da Jurema" ou "Nonato's lanches?" Tenho plena certeza que é somente pura imaginação. Falando em estrangeirização, ainda temos de aguentar as festas de halloween do folclore norte americano. Se temos os nossos festejos juninos, o Carnaval, a folia de rei e tantos atrativos, pra quê festejar o que não nos interessa? Concordo com o nobre deputado Aldo Rebelo sobre não e strangeirizar a nossa língua portuguesa. Somos um país colonizado por portugueses, que hoje expulsam brasileiros que vão à Portugal, somos invadidos por empresas de capital estrangeiro, multinacionais, somos surrupiados por mega empresários de toda parte do mundo que cada ano que passa, derrubam as nossas árvores, compram pedaços da nossa floresta amazônica a preço de banana, com a des culpa de criar ong's para ajudar os povos miseráveis abandonados pelo estado, destroem a nossa fauna sem que possamos fazer nada contra. Mas mesmo assim, ainda conseguimos ser, um povo marcado, mas um povo feliz, parafraseando a canção do intelectualíssimo cantor e compositor paraibano Zé Ramalho.

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