O Outro, no abeirante sugestigável antropológico se refere a uma construção de clãs iguais, processo pelo qual grupos constituem outros grupos de valores, representações, sentidos. O outro pode ser também considerado cumplicidade de tudo o que é feito, ou desfeito. Certo ditado diz que inverdade tem prazo de validade. Construir fantasiosamente um mundo mentiroso que não tem pernas, cabeças, e braços, vai muito além da mentira, pode ser que outro esteja envolvido. O que fazemos, dizemos, respondemos, ouvimos, pensamos, ou quase tudo enquanto pessoas, independentemente das coisas sagradas ou do destino que cada um escolhe, inconseqüente e conseqüentemente é em função dos outros. Tanto para o pior quanto para o melhor sempre existe o outro. No mundo infantil as crianças pequenas não mentem, mas algumas aprendem com elas mesmas desde então, que usar a inverdade pode adiar pequenas culpas, mas sempre em função dos outros. Vivemos em função dos outros em quase tudo, ou seja, em quase a totalidade das nossas vidas. Quando um ladrão vai roubar alguém, o faz em função dos outros, porque este outro tem algo que lhe chame a atenção, o que chamamos também de inveja ou simplesmente querer facilidade. Quando alguém compra algo que qualquer outro possa ter, mesmo que não sirva para nenhum propósito, faz influenciado pelo consumismo desenfreado, em função dos outros. O outro é a maior mídia porque tem o poder de persuasão. Portanto, o outro nunca quer fazer nada sozinho, tem que ter outro para testemunhar; acusar ou defender.
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