Se eu tivesse que escolher entre nascer de novo, ou nenhuma alternativa, gostaria de continuar não existindo, para não ter de começar tudo de novo, sabendo que de novo eu passaria pela terra feito cometa, e de novo pelo flagelo da morte. Antes disso, de novo assistiria a tantas guerras pelo poder, a tantos sofrimentos de alvos das guerras, a tantos pecados de quem quer abraçar o mundo, a tantos dilúvios que arrastam memórias, sem que nada possamos fazer para que milhões de vidas não desapareçam. A vida humana na terra é como um cometa. Imaginamos cada ano como se fosse cem, mas que estes cem na verdade são meros segundos vividos, e quando menos esperamos, nossas mãos estão trêmulas. Se eu tivesse que escolher entre ser gente, animal selvagem ou tantas alternativas optaria para uma árvore milenar, rodeado de pedras cravadas na terra, em algum lugar que o homem jamais pudesse chegar com tantos projetos de progresso de destruição. Só assim, eu sentiria a sensação do que é ter vida própria e saber o que é ser eternamente maravilhoso.
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