domingo, 5 de setembro de 2010

A máfia do mercado informal‏

Está na moda o mercado informal, que toma conta de qualquer parte do mundo, onde os malandros mais poderosos sugam a nata e deixam somente a borra para os porcos, que também são aproveitadas por gente de todas as raças. Sem grandes alternativas, a não ser que façamos uma revolução, muitos seres dessa gente migram para informalidade, tentando mostrar que as desigualdades sociais existem de fato, e que, elas são responsáveis por várias atrocidades que ocorrem na sociedade como um todo. A informalidade não é crime, mas o problema é que na maioria dos casos, estas dão margem excessivamente a um mercado cada vez mais suspeito e concorrido, principalmente quando o assunto é tráfico de drogas. Descobrimos alguns meios de informalidades; um trabalhador de verdade com salário de fome, que diante do desespero vende sua cota de vale transporte mensal, para compor as despesas da casa. O lado negativo é que tem trabalhadores que não precisam disso, são os que ganham um bom salário e ainda tem direito ao benefício citado. Quando vamos ao estádio de futebol, lá estão os cambistas, quem sabe até coniventes com alguns clubes. Será? Quando estacionamos o carro, lá estão os guardadores, uns que pedem grana  pra comprarem comida, outros pra comprarem drogas ilícitas, bebidas. Mas tem gato nesse mercado, os chamados "donos do pedaço" que loteiam os  espaços e cobram propinas dos "bagrinhos invasores" ou expulsam de forma, às vezes violenta, caso estes não aceitem as regras. Tem gente que vende até fila na porta do INSS, para velhinho aposentado. Temos de tomar cuidado quando vamos ao banco, porque tem metido a esperto que não é funcionário, tentado vender atendimento para gravar nossa senha. Agora também, a chamada “saidinha de banco.” Tem prefeitura que só permite emitir licença para ambulante por intermédio de vereadores. Não pode pela via legal. Muitos ambulantes estão nas mãos de fiscais propineiros. As informalidades mais macabras ficam por conta de quem vende animais silvestres, árvores nativas, cadáveres, crânios, demais ossadas, caixões, peças de ouro extraídas das arcadas dentárias de alguns defuntos e por incrível que pareça, vendem crianças recém-nascidas e inocentes jovens para o mercado da prostituição. Tem informalidade para tudo e para todos os gostos; gente que vende benefícios oferecidos pelo governo, trabalhador que vende a cesta básica, que vende hora extra, muamba do Paraguai, vendedor de lorota, de ilusão, farsa, compradores e vendedores de voto em período eleitoral, de liberdade dentro de cadeias públicas, gente que invade terrenos para depois vender, que vende pontos na carteira de motorista e por aí vai...  Como o poder público pode coibir, punir, multar  e condenar, se os piores exemplos vêm de cima para baixo? Como reorganizar tudo se o estado de direito do povo civilizadamente honesto fica engavetado?

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